Emerson Fittipaldi o verdadeiro herói brasileiro do automobilismo parte II

Bem, dando continuidade sobre Emerson Fittipaldi falarei sobre a temporada de 1973 e seu desligamento com a Lotus.

Em 1973 começou com muita expectativa do povo brasileiro. Teríamos oficialmente o primeiro Grande Prêmio do Brasil (lembrando que em 1972 era uma prova extra oficial) e o começo foi ótimo, Emerson venceu na Argentina, no Brasil levando a loucura os torcedores no circuito de Interlargos, e Emmo venceria também o Grande Prêmio da Espanha no circuito de Montjuic, em quatro provas Emmo vencera três.

Porém a partir da sétima corrida Emerson sofreu com a falta de confiabilidade do Lotus  72E abandonando em três corridas seguidas, na 13 etapa no circuito italiano de Monza Emmo era o segundo logo atrás de seu companheiro de equipe Ronie Peterson, era combinado entres os pilotos da Lotus que era para deixar Emerson ganhar e assim ele teria chance de continuar a briga pelo titulo com Jackie Stewart, fato que não aconteceu, Peterson ganhou a corrida Emmo chegou em segundo e Stewart chegou em quarto e sendo campeão mundial de pilotos em 1973. Esse não cumprimento de ordem de equipe fez com que Emmo assinasse com a McLaren para a temporada de 1974.

Emerson na McLaren em 1974 Bicampeão mundial

Na temporada de 1974 Emmo venceu três corridas “Sendo umas delas o Grande Prêmio do Brasil” pela segunda vez consecutiva, e consagrou se  bicampeão mundial de Formula 1 após uma batalha na pista com o piloto Clay Regazzoni. A temporada de 1975 Emerson ainda na McLaren venceu duas vezes(Argentina e Inglaterra) sendo vice campeão perdendo para Niki Lauda da Ferrari.

Emerson com dois títulos mundiais (1972 e 1974) e dois vice (1973 e 1975) decidiu entrar no projeto do seu irmão Wilson para guiar uma equipe brasileira na formula 1: A Coopersucar.

Emerson segundo lugar GP do Brasil em 1978

Talvez tenha sido uma das piores decisões de Emerson que com certeza teria mais cinco anos brigando por vitórias e títulos.A Coopersucar em determinados momentos projetou carros competitivos como o F5 de 1978 onde seria segundo no Grande Prêmio do Brasil realizado no circuito de Jacarepaguá  e o F7 de 1980 onde no Grande Prêmio dos Estados Unidos em Long Beach terminaria em teceiro sendo assim, seu último podium na formula 1 e tambem sendo seu  ultimo ano na categoria máxima do automobilismo.

Ultimo ano de Fittipaldi na formula 1 

No total Emerson venceu 14 corridas, obteve dois títulos mundiais “1972 e 1974” e mais dois vice campeonatos “1973 e 1975”, em breve falarei da aventura na Indy e o acidente em Michigan em 1996 que fez Emmo abandonar as corridas.

Emerson Fittipaldi o verdadeiro herói brasileiro do automobilismo

Bem amigos do Blog hoje como primeira postagem irei falar sobre o verdadeiro herói do automobilismo na formula 1, muitos falam da briga Senna X Piquet, de Chico Landi como pioneiro no automobilismo brasileiro mundo afora, mas poucas pessoas dão a atenção, ou não dão o valor devido que e Emerson Fittipaldi.

Emerson nasceu em 12 de dezembro de 1946, filho do jornalista Wilson Fittipaldi mais conhecido como “Barão”, logo ele viu que sua paixão era a velocidade, sagrou se campeão paulista de kart em 1965.

Estreou na formula vê em 1967 ganhando cinco das sete provas “carro construído pelo seu irmão Wilson Fittipaldi Jr”, que teve uma breve experiência de formula 3 inglesa, nesse mesmo ano de 1967 Emerson voltou a ser campeão de kart.

Logo Emerson percebeu que teria que migrar para a Europa caso quisesse “algo a mais” no automobilismo e reconhecimento, pois o automobilismo do Brasil enfrentava uma crise e pilotos como Luiz Bueno e Ricardo Achcar iriam juntos para a Europa mas acabaram desistindo.

Emerson estreou no automobilismo europeu em 17 de abril de 1969 na Holanda na Formula Ford, no mesmo ano estrearia na Formula 3 inglesa sagrando se campeão logo de inicio, Colin Chapman dono da equipe Lotus que de bobo não tinha nada, percebeu o talento de Emerson e ofereceu a vaga de terceiro piloto de sua equipe para o ano de 1970.

Logo na primeira corrida no Grande Prêmio da Inglaterra em Brands Hatch Emmo conseguiu um ótimo resultado: vindo das ultimas posições foi se recuperando e chegou em oitavo, três semanas mais tarde no Grande Prêmio da Alemanha consegue seus primeiros pontos na categoria máxima do automobilismo chegando em quarto no belíssimo circuito de Hockenheim “Triste ver que o circuito foi dilacerado e transformou-se na merda que e hoje” mas que chega o fatídico Grande Prêmio da Itália.

Quando chegou em Monza para a tradicional corrida o companheiro de Emmo e primeiro piloto da equipe Jochen Rindt líder do campeonato pediu a Emerson para “amaciar “ o seu carro, algo comum naquela época. Emerson entra no carro do líder do campeonato e destrói o carro de Rindt, Chapman puto com Emerson e também sem chance do carro de Rindt ficar pronto para a corrida no dia seguinte, deu o carro de Emmo para o austríaco poder competir já que o mesmo estava na liderança do campeonato.

Durante a corrida a suspensão do carro de Rindt quebra e o piloto perde o controle do carro bantendo violentamente na curva parabólica matando instantaneamente (poderia ter sido o Emerson).

De luto a Lotus ficou de fora por duas corridas e voltou no Grande Prêmio do Estados Unidos em Watkins Glen. Emerson pilotando magistralmente no circuito americano conquista a primeira vitória oficial do Brasil na Formula 1, dando a Rindt o titulo póstumo do campeonato de Formula 1 em 1970.

Lotus Turbina de 1971

O ano de 1971 Emerson não obteve vitória mas conseguiu três podium pela problemática Lotus 56b “primeiro carro com motor turbina na formula 1” que falarei nos próximos posts, era esperar a temporada de 72 para começar a ver outros horizontes.

O ano de 1972 foi um ano mágico para o automobilismo brasileiro, imagina se a primeira vitória em 1970 foi uma euforia para os pilotos, imagina o primeiro campeonato mundial de formula 1. Emerson venceu cinco provas e tornou se campeão mundial mais jovem com 25 anos, recorde que seria batido somente em 2008 com o titulo de Lewis Hamilton.

Com o primeiro titulo do Brasil na formula 1 e o sucesso de Emerson na categoria Top, foi o propulsor que precisava para os jovens pilotos brasileiros arriscarem no automobilismo mundial e serviu como vitrine para vários patrocinadores e também, podemos dizer, ao governo que na idéia de “ O milagre brasileiro” usou Emerson como o Brasil que dava mais credibilidade ao governo militar.

Lotus Ford 72 D, Campeão em 1972.

Termimo essa primeira parte sobre Emerson Fittipaldi pois o texto esta grande e muita gente estará com preguiça de ver todo. Logo nos post adiante irei falar do bicampeonato, do fracasso da Coppersucar e da retirada de Emmo na Formula 1.

Até...